quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Homenagem ao VI Kipupa Malunguinho da Escola de Umbanda Pena Branca de SP


Homenagem ao VI Kipupa Malunguinho da Escola de Umbanda Pena Branca de SP

O Quilombo Cultural Malunguinho dá obrigado ao irmão Ronaldo de Almeida, umbandista de São Paulo que veio de lá conhecer o Kipupa e registrar o evento para fazer um documentário. Seja sempre bem vindo irmão, pois é a corrente de quem tem fé que fortalece a tradição da Jurema Sagrada. Salve.

Aguardamos as fotos e o filme. E tome-lhe fumaça!!

Sobô Nirê!!

Alexandre L'Omi L'Odò
Quilombo Cultural Malunguinho
alexandrelomilodo@gmail.com

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Com Ação Afirmativa é possível mudar!



Mestre Galo Preto e aluna na Escola Mariano Teixeira



A Escola Estadual Mariano Teixeira surge em pleno o governo da ditadura militar numa comunidade construída especificamente para funcionários públicos, a Vila Cardeal Augusto Álvares e Silva desenvolveu-se a margem das tradições culturais da cidade, na década de 70 o único espaço de cultura era a famosa Praça de Sena, localizada no caminho de quem vai a Vila das Lavadeiras, neste espaço um morador conhecido por Sr. Sena no ciclo momesco, manteve um tradicional desfile carnavalesco, onde algumas das Agremiações que visitavam a Vila das lavadeiras iam desfilar seus brilhos e ritmos lá, neste mesmo espaço os alunos da escola Mariano Teixeira faziam aulas de Educação Física, isto até pouco tempo atrás.


No ciclo junino existiam várias Palhoças organizadas por moradores de diversas ruas da Vila sempre com o forró tradicional e enfim no ciclo natalino a Praça de Sena era o endereço, Missa do Galo e Parquinho de diversões afora os ciclos culturais existiam outros momentos saudosos como as novenas do mês de maio e a tradicional procissão de Nossa Senhora de Fátima em outubro que passava de casa em casa durante todo esse mês e finalmente o único Terreiro da comunidade o de Dona Zefinha de Oyá que cheguei assistir parte de uma Festa de Ogum em minha adolescência, hoje extinto.


A comunidade nunca teve envolvimento nas lutas populares, tradicionalmente reduto dos seguidores do período militar e “eleitores da direita”, a partir das eleições do ex-presidente Lula e eleição do Prefeito João Paulo a comunidade passou a tomar um novo posicionamento frente as gestões públicas, contudo o único estabelecimento de ensino do governo estadual na comunidade, a Escola Mariano Teixeira ficou a margem desse processo, considerada uma Escola de médio porte, possui uma estrutura de dar inveja a muitas escolas públicas, mas não consegue sequer apoiar aos poucos professores que dedicam-se verdadeiramente a melhorar a realidade da instituição e da comunidade.


Hoje muitos jovens estão mergulhados nas drogas e na prostituição as relações com os professores a cada dia ficam mais difíceis e a gestora que se mantêm no poder há mais de 10 anos se coloca a margem dos problemas principalmente quando se trata das relações comunidade-Escola, nenhum projeto decente de cultura adentra ao estabelecimento e muitas tentativas dos professores resistentes são inviabilizadas, até mesmo o Grêmio Estudantil é mantido sobre seu extremo controle, chega a ser vergonhoso o comportamento dessa gestora, que vai totalmente de encontro ao que as políticas da atual gestão estadual propõem.


Sabemos que essa situação não é fato isolado e grande parte das Escolas públicas sofre com
esse problema, porém sabemos que as práticas esportivas e culturais são desde longe fortes
aliados para transformar-mos a realidade de milhares de jovens que por falta da presença ativa e importante do estado estão condenados ao trafico e prostituição. Acreditamos nessa transformação quando pessoas competentes e realmente comprometidas estiverem à frente dessas instituições educacionais.


Na tarde de hoje dia 14 de setembro de 2011, as Professoras Célia e Suely deram o exemplo que implementar é possível, organizaram as comemorações da Semana da Vivência e Prática da Cultura Afro Pernambucana, dentro da lei n° 13.298/07 (Lei Malunguinho), que tem objetivo de fomentar o diálogo entre sociedade civil, cultura de tradição e escolas e de celebrar a memória do líder negro Malunguinho.


Através de uma homenagem ao Mestre Galo Preto, protagonizada pelos jovens estudantes, observamos um real reconhecimento e entendimento do valor do mestre resultado das informações passadas pela Professora Célia Cabral com a coordenação pedagógica da Professora Sueli Duarte. Um exemplo a ser seguido e reconhecido com dignidade pela Secretaria Estadual de Educação.


João Monteiro
Historiador, Especialista em Preservação de Acervo, Ativista Social, Coordenação do Quilombo Cultural Malunguinho e morador há 43 anos da Vila Cardeal e Silva.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

VI Kipupa Malunguinho Por que "A Jurema Merece Respeito"!

Clique na imagem para ver grande. Arte: Amauri Cunha.

VI Kipupa Malunguinho
Por que "A Jurema Merece Respeito"!

O QCM – Quilombo Cultural Malunguinho, apresenta a III Semana Estadual da Vivência e Prática da Cultura Afro Indígena Pernambucana, Lei Malunguinho n° 13.298/07, que tem como objetivo, consolidar o diálogo entre as diversas religiões de matrizes afro indígenas com a sociedade civil e a cultura de tradição, escolas e academias entre outros e outras, com o intuito de celebrar a memória do líder negro e divindade do culto da Jurema Sagrada, Malunguinho, personagem da história do Brasil, assassinado na provável data de 18 de setembro de 1835, no Distrito de Maricota, hoje Município de Abreu e Lima/PE.

Objetivamos garantir a expressão, inclusão e a difusão da diversidade presente nas atividades educacionais e de formação, possibilitando a articulação entre pessoas e grupos, além da participação plural e intensa dos povos de Terreiro nos processos de discussão política, social, cultural e teológica, garantindo a troca de saberes com a função de contribuir para o fim do racismo, da intolerância religiosa e desmarginalizar a nossa história negra e indígena (Lei 11.645/08).

“Na mata tem um caboclo
Todo vestido de pena
Esse caboclo é Malunguinho
Ele é Rei lá da Jurema”.
(Toada do culto da Jurema Sagrada).

Serviço
Dia - 25/09 (domingo) VI Kipupa Malunguinho, Coco na Mata do Catucá (Encontro Nacional de Juremeiros e Juremeiras).

Na mesma data: Lançamento do Prêmio “Mourão que não bambeia” – Homenageados Vivos: Mãe Vanda de Seu Zé Filintra (50 anos de Jurema). Mortos: Juremeiro Antônio do Monte e Seu João Folha. No Kipupa Malunguinho.

Horário: Das 07 às 18h.

Programação:
Com a roda de coco: Mestre Galo Preto (coordenando o coco), Mestre Zé de Teté (Limoeiro/PE), Grupo Bongar, Adiel Luna, Pandeiro do Mestre e Bojo da Macaíba.

Ônibus: com saída de 7h. Contribuição: R$: 5,00.

Recomendação: Ir com roupa adequada para ritual de Jurema e levar suas “Gaitas”.
--> Levar almoço ou comprar no local.

COMO CHEGAR NO LOCAL DO EVENTO? É fácil: Todos que forem de carro, moto ou a pé (se for louco kkkk) devem encontrar os ônibus as h em frente a Prefeitura de Abreu e Lima e seguir o comboio ao local do evento. Endereço: Estrada de Pitanga II, área 04 - Sítio de Juarêz. É só perguntar no meio do mundo que o povo indica!! Boa sorte na aventura!!

LOCAIS DAS SAÍDAS DOS ÔNIBUS: Carmo do Recife, Nascedouro de Peixinhos, Limoeiro, João Pessoa, Natal, Jordão Baixo, Prado, Goiana etc. Todos saem de 07h em ponto!


Para Inscrição: Nome Completo, RG, Nome da Instituição ou Terreiro que representa, Fones e email. Enviar tudo para o email abaixo.

Contatos:

Coordenação:
81. 8887-1496 / 9428-4898 / 8649-8234
quilombo.cultural.malunguinho@gmail.com